terça-feira, junho 05, 2007 

Pink Floyd

É um dos grupos mais influentes na história do rock, além de um dos mais bem sucedidos, sendo estimado que venderam mais de 250 milhões de cópias de seus álbuns.

A obra-prima “The Dark Side of the Moon” manteve-se no Top 100 Billboard de vendas durante mais de uma década e continua a ser um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.





Tudo começou em 1965 em que Syd Barrett, Bob Close, Rick Wright, Nick Mason, Roger Waters fundaram uma banda com o nome de Sigma 6, ainda estudantes na altura.


Liderada pelo lendário cantor e compositor Syd Barrett, o grupo tinha um modesto sucesso na segunda metade da década de 1960 produzindo rock psicadélico.









Mas acabou algum tempo depois, recomeçando em 1967 com 4 membros, Syd Barrett (guitarrista), Roger Waters (baixista), Nick Mason (baterista) e Rick Wright (pianista).



Syd possuía um génio criativo considerado admirável e foi ele o primeiro impulsionador. A banda teve muitos nomes em tempos diferentes como, The Screaming Abdabs, T-Set, The Meggadeaths, e o Architectural Abdabs, até que Syd sugeriu o nome The Pink Floyd Sound, inspirado por dois artistas de jazz, Pink Anderson e Floyd Council.



Para o seu primeiro álbum “Piper At The Gates of Dawn” usaram o nome “The Pink Floyd” e a palavra, “The”, foi deixada cair para o álbum seguinte “A Saucerful Of Secrets”.

Nessa altura dedicavam-se a improvisar alguns temas de “Rythm N’ Blues”, com alguma imaginação pelo meio. As letras eram quase todas da autoria de Syd.


No entanto à medida que a sua popularidade aumentava, Syd, que entretanto se tinha viciado em LSD, que era legal naquele tempo, não conseguia lidar com o facto de ser uma estrela e estava cada vez mais demente, o seu espírito criativo esfumava-se lentamente, ao ponto de não conseguir sequer tocar, ou compor.



Nesta altura surgia a necessidade de arranjar outro membro para o substituir na guitarra (ainda se pensou que Syd pudesse continuar a compor, mas tal não se veio a concretizar) e foi então que contrataram David Gilmour, um velho amigo de Syd, em 1969, que na altura já tinha alguma técnica.




Roger Waters tomou então o "comando" da banda.

Com a saída de cena de Barrett, o baixista e vocalista Roger Waters gradualmente tornou-se o líder e principal compositor do Floyd.



Esta fase foi marcada pela produção de álbuns conceituais como" The Dark Side of the Moon" (1973), “Wish You Were Here” (1975), “Animals” (1977) e “The Wall” (1979) – álbuns que obtiveram êxito mundial, foram aclamados pela crítica especializada e figuraram em listas dos mais vendidos e populares em vários países.


Os Floyd não passaram de ser uma banda semi-obscura do underground londrino até que, em 1973 o álbum “Dark side of the moon” os imortalizou, conseguindo o extraordinário feito de estar 301 semanas nos “charts” ingleses, vendendo cerca de 25 milhões de cópias por todo o mundo. Nesta altura os membros harmonizavam-se entre si e os álbuns eram criativos, sendo produto de uma quase igual contribuição dos membros do grupo.


Após 1977, com o álbum “Animals”, começou a época denominada por “época Waters”, cujo pico se veio a verificar com o álbum “The Wall”, em 1979, um álbum que é quase totalmente autobiográfico em que se notam as características algo finalistas da música de Roger.

De facto, Roger Waters monopolizava nessa altura o estilo da banda, tendência que culminou com o álbum “The final cut”, de 1983, em que os restantes membros dos Floyd tinham um papel apenas de músicos ajudantes. Foi o último álbum da segunda geração Floyd, pois logo a seguir Roger quis sair (prosseguindo uma carreira a solo) e terminar assim a banda.

De facto as divergências entre os membros eram de tal ordem que se tornava impraticável eles virem a compor juntos outra vez.


Waters lançou em 1984 o álbum “The pros and cons of hitchiking” e mais tarde, o “Radio Waves” (1987) e o “Amused to death” (1992). O estilo destes álbuns é característico de Waters, pelo que não se hesita em considerar estes álbuns como sendo dos Floyd.

Também Gilmour lançou um álbum a solo em 1984 (“About face”) em que já se adivinhava o seu estilo muito próprio e que iria marcar a terceira geração Floyd.


Foi em 1987 que Gilmour e Mason decidiram “ressuscitar” a banda. Wrigth viria a juntar-se a eles posteriormente, e após uma batalha legal com Waters (um momento menos bonito na história), conseguiram, a troco de algumas concessões a Waters, ficar com o nome Pink Floyd. Lançaram nessa altura o álbum “A momentary lapse of reason”, seguido de uma digressão que provocou um sucesso fantástico. Os Floyd estavam vivos e de saúde, e agora marcados pelo estilo de Gilmour.

Prosseguiam uma carreira notável, lançando o último (até agora) álbum de originais em 1993, “The division bell”.

Pulse” foi o duplo-cd emergente da Torneé do “The division bell”, que inclui uma versão ao vivo do “Dark side”.



A de 2 de julho de 2005 e pela primeira vez em 24 anos, a formação mais clássica do Pink Floyd voltou a tocar, para a sua maior plateia, no concerto Live 8, em Londres (Reino Unido).















Era Barrett (1965 – 1968)


À formação inicial pertenciam, Bob Klose (guitarra solo), Syd Barrett (voz e guitarra ritmo), Richard Wright (teclas e voz), Roger Waters (baixo e voz) e Nick Mason (bateria).


Tocavam versões de êxitos do rhythm and blues tal como "Louie, Louie".




À medida que Barrett começou a compor músicas mais influenciadas pela surf music americana, pelo rock psicadélico e pela literatura inglesa, marcadas pela extravagância e humor, Bob Klose, orientado para um jazz mais sério, saiu, deixando a banda limitada a quatro elementos que, junto com os seus empresários, Peter Jenner e Andrew King formaram uma sociedade a seis chamada Blackhill Enterprises.




Ruptura com o psicadélico (1971 – 1975)




O som da banda era consideravelmente mais objectivo em "Meddle" (1971), que incluía o épico de 23 minutos "Echoes". O álbum incluía também "One of these days" (um clássico sempre presente nos concertos da banda, com uma voz distorcida de Nick Mason, numa letra de apenas uma frase, “One of these days I’m going to cut you into little pieces” (em português: "Um dia destes vou cortar-te em pequenos pedaços"), e "San Tropez", com o seu estilo pop-jazz.





O seu gosto pelo experimentalismo ficou expresso em "Seamus" (antes chamado "Mademoiselle Nobs"), uma faixa de blues puro em que a vocalização principal é feita por um lobo da Alsácia.Um álbum menos conhecido, "Obscured by clouds", foi lançado em 1972 como a banda sonora do filme ” La Vallée” (O Vale dos Perdidos, em Portugal) e foi o primeiro álbum da banda a chegar ao top 50 dos Estados Unidos da América.

Destaque para as faixas "Mudmen" e "Childhood's end".



Apesar de ser um grupo que nunca teve êxito com os singles, “The dark side of the moon”, álbum de 1973, conseguiu colocar a faixa "Money" no Top 20 americano, e mais importante ainda o facto deste álbum se ter mantido no Top 100 durante mais de uma década, quebrando uma série de recordes e tornando-se um dos álbuns mais vendidos de todos os tempos.



Tratou-se de um álbum conceptual que lidava de temas como a loucura, a neurose e a fama, e que devido ao uso do novo equipamento de gravação de 16 faixas do estúdio de gravação Abbey Road Studios e ao grande investimento de tempo por parte do engenheiro de som Alan Parsons, estabeleceu novos padrões para a fidelidade do som.




“The Dark Side of the Moon” e os três álbuns seguintes (“Wish You Were Here”, “Animals” e “The Wall”) são eleitos por muitos fãs como o pico da carreira da banda.





“Wish you were here”, lançado em 1975, é um álbum sobre o tema da ausência.


O álbum incluía "Shine on You Crazy Diamond", mais uma faixa épica, de cerca de 26 minutos, bastante aclamada pela crítica, dividida em nove partes e com longos trechos instrumentais, A nível lírico era um tributo de Roger Waters para Syd Barrett, em que os versos falavam explicitamente das consequências do seu esgotamento.



Predominância de Waters (1976–1985)



Aquando do lançamento de "Animals", em 1977 a banda foi acusada por alguns sectores da crítica, da esfera do punk rock, que a sua música se tinha tornado flácida e pretensiosa, afastando-se da simplicidade do rock and roll dos primeiros tempos. O álbum continha músicas mais extensas e baseadas no livro “Animal Farm “(O Triunfo dos Porcos em Portugal e A Revolução dos Bichos no Brasil) de George Orwell, que usava porcos, cães e carneiros como metáforas para caracterizar a sociedade contemporânea.



“Animals” era um álbum mais à base de guitarras do que os anteriores e marcou o despertar das discussões entre Roger Waters e Richard Wright. Em 1979, foi lançada a ópera rock épica “The wall”, concebida quase na totalidade por Waters, e que deu aos Pink Floyd uma renovada aclamação e mais um single de êxito com a sua incursão na crítica da pedagogia – “Another Brick in the Wall”, Part II, com os versos famosos "we don't need no education" e "Hey, teacher leave the kids alone".



Incluía também "Comfortably Numb" que apesar de nunca ter sido editado em single, se tornou num clássico das rádios e é hoje uma das suas músicas mais conhecidas, com um solo de guitarra lendário por parte de David Gilmour, dos mais conhecidos da história do Rock e que já foi várias vezes considerado o melhor solo de todos os tempos. É também a única música dos primeiro quatro álbuns conceituais a não ter seguimento nem no princípio nem no fim e uma das poucas que não é da autoria de Roger Waters, que escreveu apenas as letras da música.




Este álbum tornou-se bastante caro devido principalmente aos espectáculos que se seguiram, que deram prejuízo, devido à gigantesca parede (wall) que era construída e posteriormente derrubada no desfecho do concerto. Devido a esta incrível despesa, os concertos do álbum “The Wall” realizaram-se em apenas quatro cidades, e a banda manteve-se economicamente estável graças às elevadas vendas do álbum “The Wall” que permaneceu na lista dos álbuns mais vendidos durante 14 anos.


Em 1983 assistiu-se à edição de “The Final Cut”, disco dedicado ao pai de Waters, Eric Fletcher Waters. Com um tom ainda mais obscuro do que “The Wall”, este álbum voltou à carga com muitos dos temas do álbum anterior, acrescentando alguns mais actuais, incluindo a revolta de Waters pela participação britânica na Guerra das Malvinas ("The Fletcher Memorial Home") , o cinismo e o medo da guerra nuclear ("Two Suns in the Sunset") e o capitalismo na faixa "Not Now John".






A ausência de Wright implicou a falta dos efeitos dos teclados vistos nos álbuns anteriores. Apesar de ter sido editado como sendo um álbum dos Pink Floyd, o projecto era claramente dominado por Waters, podendo inclusivamente ler-se na capa interior que o projecto era da autoria de Roger Waters, tocado pelos Pink Floyd; este álbum tornou-se o prótotipo de som e forma para os projectos a solo de Roger Waters. Ao contrário dos álbuns anteriores "The Final Cut" teve apenas um sucesso moderado.


Simultaneamente, as discussões entre entre Waters e Gilmour seriam tão graves que havia rumores que estes nunca mais tinham sido vistos ao mesmo tempo no estúdio, que não iria haver digressão e que a banda tinha acabado oficialmente em 1987.



A era Gilmour (1987–1995)

Após "The Final Cut", os membros da banda seguiram caminhos
separados, tendo cada um lançado álbuns a solo, até que em 1987, David Gilmour e Nick Mason fizeram renascer a banda.


Nesta altura Gilmour convidou Guy Pratt para tomar a vez de Roger Waters, lugar que mantem até hoje.






Sucede-se então uma áspera disputa legal com Roger Waters, que tinha deixado o grupo em 1985, mas Gilmour e Mason conseguem ganhar o direito legal de lançar um álbum com o nome dos Pink Floyd (Waters contudo ganhou os direitos a algumas das imagens tradicionais dos Floyd, incluindo a quase totalidade dos personagens de "The Wall" e todos os direitos sobre "The Final Cut").

Richard Wright reuniu-se ao grupo durante as gravações de "A momentary lapse of reason" como músico de estúdio, pago semanalmente. Para todos os efeitos, Wright foi integrado como membro de pleno direito da banda quando do lançamento de "The division bell" em 1994 e na digressão subsequente.


Todos os elementos dos Pink Floyd editaram álbuns a solo que conheceram os mais variados graus de sucesso tanto crítico como comercial. "Amused to Death" de Waters foi especialmente bem recebido pelos críticos.





Os Pink Floyd não editaram nenhum álbum de originais desde "The Division Bell" de 1994, e não tendo a banda acabado oficialmente, também não se vislumbram sinais de um novo álbum.





A actividade da banda desde essa data foi a edição do álbum ao vivo P-U-L-S-E em 1995, uma versão ao vivo de "The Wall", compilada dos concertos de 1980 e 1981, com o título de "Is There Anybody Out There?" em 2000, um Greatest Hits duplo chamado "Echoes" em 2001, a reedição em 2003 de "The Dark Side of the Moon", comemorativo do 30º aniversário de lançamento do disco e a reedição de "The Final Cut" com o single "When the Tigers Broke Free" adicionado em 2004.


Espectáculos ao vivo


Suíno gigante flutuando durante concerto de Roger Waters, tal qual na época do Pink Floyd.

Os Pink Floyd são reconhecidos pelos seus prodigiosos espectáculos ao vivo, que sempre se revelaram muito vanguardistas combinando as mais modernas experiências visuais, como as projecções e a pirotecnia, com a sua música para criar um espectáculo onde os próprios artistas são quase secundários. Os Pink Floyd, nos seus primeiros tempos, foram das primeiras bandas a usar jogos de luzes próprios nos seus espectáculos, projectavam slides e filmes e formas psicadélicas numa grande tela circular.


Mais tarde foram adicionados aos espectáculos efeitos especiais, incluindo lasers, pirotecnia e balões gigantes (um suíno gigante flutuava sobre a audiência durante a actuação de "Pigs" do álbum Animals). Os porcos dos Pink Floyd continuaram a ser usados, tanto pela banda já depois da partida de Roger Waters, como pelo próprio Roger Waters nos seus concertos a solo, material que foi editado no seu álbum e DVD "in the Flesh".



O espectáculo mais elaborado que os Floyd montaram foi o da digressão de "The Wall", no qual um grupo de músicos contratados tocava a primeira música usando máscaras de borracha (provando assim que os membros da banda não eram reconhecidos pelas suas personalidades individuais). Depois, um gigantesco muro era erguido, separando a banda da audiência e que no final do espectáculo era demolido por explosões.





Este espectáculo foi recriado por Roger Waters em 1990 no meio das ruínas do Muro de Berlim, convidando para o efeito músicos conhecidos como Bryan Adams, Van Morrison, Scorpions, The Band, Joni Mitchell, Cindy Lauper e Sinéad O'Connor.

Bandas com nomes inspirados nos Pink Floyd
Nos anos 1990 apareceram uma enorme variedade de bandas em tributo ao Pink Floyd, entre as quais:
The Australian Pink Floyd Show
The Great Gig in the Sky
The Pink Floyd Experience
Pink Floyd Reunion
Think Floyd
Pink Void

Floyds Band
A Easy Star All-Stars gravou uma versão reggae/trip hop do disco Dark Side of the Moon intitulado Dub Side of the Moon.
Algumas músicas dos Pink Floyd:
Para ouvir outras músicas dos Pink Floyd clica aqui.

sexta-feira, abril 13, 2007 

Josef Stalin

Ióssif Vissariónovitch Djugashvili ou Josef Stalin, (russo: Иосиф Виссарионович Сталин) foi o líder máximo da URSS de 1924 até 1953 (estalinismo).




Biografia


Nascido numa pequena cabana na cidadezinha georgiana de Gori e filho de uma costureira e de um sapateiro, o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz.

Mas logo acabou enveredando pelas actividades revolucionárias contra o regime czarista. Passou anos na prisão e, quando libertado, aliou-se a Vladimir Lenine e camaradas, que planejavam a Revolução Russa.



Stalin chegou ao posto de Secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa super potência.



A 5 de março de 1953, Stalin faleceu de hemorragia cerebral. Existem aqueles que acreditam que ele foi assassinado apontando Beria como o principal culpado por um envenenamento de consequências a longo prazo.
Baseado em www.wikipedia.pt

sábado, fevereiro 03, 2007 

Salvador Dalí


Dalí fotografado por Carl Van Vechtenem
29 de Novembro de 1939




Salvador Domenec Felip Jacint Dalí Domenech nasceu às 8h45 da manhã de 11 de Maio de 1904, no número 20 do carrer(rua) Monturiolin da vila de Figueres, Catalunha, Espanha.
O pai era o notário Salvador Dalí i Cusí (de remota origem árabe), confortavelmente instalado na classe média, figura popular da cidade e senhor de um carácter irascível e dominador.
A mãe, Felipa Domenech (cuja família de longínquas origens judaicas era oriunda de Barcelona), era uma plácida e carinhosa dona de casa, um pouco dada ao catolicismo.



A familia Dalí fotografada cerca de 1910 sobre os rochedos da praia de Llané, em frente de sua casa. Da esquerda para a direita: a tia Maria Teresa, a mãe e o pai do artista, Salavador, Tieta, irmã da mãe que se casará com o notário depois da morte desta última, Ana Maria, a irmã e a avó Ana. No barco está El Beti, o pescador que se ocupava dos barcos da família.




Obra de Dalí


Dalí, detentor de uma técnica magistral e de uma imaginação prodigiosa alimentada pela leitura cuidada de Freud, procura explorar, na sua obra, as teorias freudianas, representando o inconsciente humano nas suas mais recônditas fantasias e sonhos subliminares.





"Meio anjo, meio animal", conforme a fórmula de Pascal, Dalí, durante toda a vida e através da sua obra, está simultaneamente obcecado pelo sexo e pela procura pessoal do absoluto:



"Quando vi pela primeira vez a axila depilada de uma mulher, procurei o Céu; quando remexi com a minha muleta o monte putrificado e cheio de vermes do meu ouriço morto, procurei o Céu... A esta hora já não tenho fé e receio bem que vã morrer sem Céu.

" E, concluindo, no fim do seu périplo: "O palhaço não sou eu, mas sim esta sociedade monstruosamente cínica e tão ingenuamente inconsciente que joga ao jogo da seriedade para melhor esconder a loucura. Porque eu - nunca o repetirei suficientemente - não sou louco."



Dali produziu mais de 1500 quadros ao longo da sua carreira, e também ilustrações para livros, litografias, desenhos para cenários e trajes de teatro, um grande número de desenhos, dezenas de esculturas e vários outros projectos. Por ordem cronológica passo a apresentar os trabalhos importantes e representativos da sua obra.





1910 Aos seis anos, Dali já pintava – “Paisagem”. Desejava ser cozinheira e insistia no termo no feminino. Como veremos, este desejo estava em relação directa com uma das características que fazem o verdadeiro Catalão e que Dalí resume com as seguintes palavras: " Sei o que como. Não sei o que faço."

Paisagem( Uma vista dos arredores de Figueras),
primeira obra de Dalí

1910





1914 Segue o pensamento de Freud e da psicanálise, com este falará das suas «recordações inta-uterinas». A partir destas "recordações intra-uterinas", Dalí assenta numa das bases do que será uma das suas principais preocupações:



"Parece que toda a vida imaginativa do homem tem tendência para reconstituir simbolicamente, através de situações e de representações aproiximativas, este estado paradisíaco inicial.




Ela também se obstina a superar o horrível traumatismo do nascimento, após o qual somos expulsos do paraíso, passando brutalmente de um meio protector e fechado, para um mundo aberto a todos os perigos, numa palavra, terrivelmente «real»."

Continua a pintar sobretudo paisagens.


Sem título - Paisagem
1914





1920 Mostra interesse pelo ser humano, pintando retratos. Pinta também natureza morta, sendo este o título de algumas das suas obras.

Retrato de Hortênsia, Camponesa de Cadaqués
1920

Retrato do Violoncelista Ricardo Pichot
1920
Óleo sobre tela
61,5 x 49 cm
Cadaqués
Colecção Particular


Natureza-morta

cerca de 1920

O Lago de Vilabertrán

cerca de 1920





1921 Morte de sua mãe. Inicia a sua fase de dandismo (dândi - homem que se veste com exagerado apuro, janota), onde mostra toda a sua extravagância. Colocava vernix de quadros nos cabelos e pinta os olhos com pó de lápis.

Retrato da mãe do Artista
Dona Felipa Dome Domenech de Dalí

1920


Auto-Retrato com Pescoço de Rafael

1920-1921
Óleo sobre tela

41,4 x 53 cm
Figueras
Fundación Gala-Salvador Dalí
Legado Dalí ao Estado Espanhol



Merenda no Campo

1921



1922 Dalí descobre o cubismo, o futurismo, o purismo.
Conhece as obras de outros pintores como Picasso, Juan Gris… São encontrados quadros cubistas no seu atelier.





Representa também o seu delírio culinário nas suas obras. Resultado da sua origem catalã – “Natureza Morta – peixe com Tigela Vermelha”; “Cena de Cabaré”.


Natureza - morta

Peixe com Tigela Vermelha
1922


Composição Cubista

Natureza - Morta com Viola
1922


Cena de cabaré
1922







1923 Dalí continua a constituir os seus tons, sempre com humor imita-se a si próprio e aos outros pintores. “Auto-Retrato Cubista”.


Composição cubista

1923


The First Day of Spring

1922-23

Tinta da china e guache no papel


20.8 x 15 cm

Gala-Salvador Dali Foundation
Figueras
Spain


Auto retrato cubista

1923


Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia

Madrid

Espanha






1924 Usa a sua irmã Ana Maria como modelo das suas obras – “Retrato de Ana Maria”


Retrato de Anna Maria
1924
Óleo / tela
102 x 76 cm (40,15" x 29,92")
Medidas com marco

Colecção privada



Pierrot and Guitar

1924

Oil and collage on cardboard
55 x 52

Thyssen-Bornemisza Collection

Madrid
Spain






1925 Continua uma série de belos retratos da sua irmã Ana Maria – “Personagem à Janela”. Pinta várias vezes o nu feminino, sobretudo nádegas.


Figure at a Window
1925
Oil on canvas
102 x 75 cm

Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia
Madrid

Spain

Vénus e Cupidos
1925
Óleo sobre madeira

23 x 23,5 cm

Colecção Particular





1926 Realiza obras relacionadas com a marinha, como marinheiros e Vénus (que nasceu das ondas) – “Vénus e Um Marinheiro”; continua a representar jovens, sobretudo a sua irmã – “Ana Maria a Costurar”, “Mulher Deitada”.



Venus and Sailor

1926

Oil on canvas

198 x 149 cm
Gala-Salvador Dali Foundation

Figueras
Spain

Woman at the Window at Figueres (Ana Maria costurando)

1926

Oil on canvas

21 x 21.5 cm

Gala-Salvador Dali Foundation
Figueras
Spain


Rpariga de Ampurdán


1926
Óleo sobre contraplacado
51 x 40 cm

S. Pertesburgo (FL)

The Salvador Dalí Museum
Anteriormente Colecção E. e A. Reynolds Morse




Mulheres Deitadas na Praia

1926

Óelo sobre tela
Dimensões Desconhecidas

Colecção Particular





1927 Neo-Cubismo – “Figura Cubista”. Já é visível nas suas obras um forte relento de surrealismo.


Aparelho e Mão

1927

Óleo sobre madeira

62,2 x 47,6
S.Petersburgo(FL)

The Salvador Dalí Museum
anteriormente Colecção E. e A. Reynolds Morse




Figura Cubista

1927

oil on canvas

152 x 90 cm

Fundacion Gala-Salvador Dali

Figueras





1929 Ano em que todos concordam em reconhecer Dali como surrealista. – “O Enigma do Desejo”.




“O Grande Masturbador” .




Esta obra é testemunha do primeiro encontro com Gala e do estado em que Dali ficou, entre o “mole” e o “duro”.



Até aí Dali só tinha conhecido uma quente amizade por Federico García Lorca, e afirmou que “quando García Lorca me queria possuir, recusava-me horrorizado”.





Foi com Gala que Dali conheceu o êxtase. Embora afirmasse várias vezes ser “to-tal-men-te im-po-ten-te” surgia em alguma quadros na sua melhor forma.

O Enigma do desejo - Minha mãe, Minha mãe, Minha mãe

1929

Óleo sobre tela

110 x 150,7 cm

Munique, Staatsgalerie moderner Kunst

anteriormente Colecção Oskar R. Schlag



O Grande Masturbador

1929

Óleo sobre tela

110 x 150 cm

Madrid

Museo Nacional Reina Sofía

Legado Dalí ao Estado Espanhol



Retrato de Paul Eluard

1929

Óleo sobre cartão

33 x 25 cm

Antiga colecção Gala e Salvador Dalí







1931 “A Persistência da Memória” (a sua obra mais famosa), obras com o título; “Guilherme Tell”; “A Velhice de Guilherme Tell”.




Persistência da Memória

1931

Óleo sobre tela

24 x 33 cm

Nova Iorque

The Museum Of Modern Art

Oferta Anónima, 1934



O Enigma de Guilherme Tell

1933

Óleo sobre tela

201,5 x 346 cm

Estocolmo

Moderna Museet



A Velhice de Guilherme Tell

1931

Óleo sobre tela

98 x 140 cm

Colecção Particular

anteriormente Colecção Visconde de Noailles





1932 “O Nascimento dos Desejos Líquidos”, “Pão Antropomórfico”; “Ovos Estrelados sem o Prato”.



Pão Antropomórfico - Pão Catalão

1932

Óleo sobre tela

24 x 33 cm

S. Petersburgo (FL)

The Salvador Dalí Museum

anteriormente Colecção E. e A. Reynolds Morse




The Birth of Liquid Desires

1932

Oil and collage on canvas

96.1 x 112.3 cm

Peggy Guggenheim Collection

Venice

Italy




Surrealist Architecture

1932

Kunstmuseum

Berne

Switzerland




Fried Egg on the Plate without the Plate

1932

Oil on canvas

55 x 46 cm

Private collection






1933 “Gala Com Duas Costeletas de Carneiro em Equilíbrio Sobre o Seu Ombro”;


“Atavismo do Crepúsculo”.


Portrait of Gala with Two Lamb Chops Balanced on Her Shoulder

1933

Oil on wood panel

6.8 x 8.8 cm

Gala-Salvador Dali Foundation

Figueras

Spain

Atavismo Crepúsculo (Fenómeno obsessivo)

1933

Óleo sobre madeira

14 x 18 cm

Berna

Kunstmuseum Bern


Busto de Mulher Retrospectivo

Pão e tinteiro, porcelana, espiga de milho e tira

zootrópica sobre cartão (reconstrução de 1970)

54 x 45 x 35 cm

Bélgica

Colecção Particular







1934 Primeiras divergências com surrealistas e André Breton. “O Espectro do Sex-Appeal”; “Sonhos na Praia”


Os Espectros do Sex - Appeal

1934

Óleo sobre madeira

18 x 14 cm

Figueras

Fundación Gala - Salvador Dalí




Dreams on a Beach

1934

Oil on wood

9 x 7 cm

Private collection







1936 “Canibalismo de Outono”; “Construção Mole com Feijões Cozidos” (Premonição da Guerra Civil).


Construção Mole com Feijões Cozidos - Premunição da Guerra Civil

1936

Óleo sobre tela

100 x 99 cm

Filadélfia

The Philadelphia Museum Of Art

The Louise and Walter Arensberg Collection

anteriormente Colecção Peter Watson






1937 “Metamorfose de Narciso”; “Girafa em Chamas”; “O Sono”.


Metamorfose de Narciso

1937

Óleo sobre tela

50,8 x 78,3 cm

Londres

The Tate Gallery

Anteriormente Colecção Edward James



O Sono

1937

Óleo sobre tela

51 x 78 cm

Roterdão

Museum Boymans - van Beuningen

anteriormente Colecção Edward James


Girafa em Chamas

1937

Bronze com pátina branca e botões de arminho

98 x 32,5 x 34 cm

Roterdão

Museum Boymans - van Beuningen





1940 A Face da Guerra “Rosto da Guerra”.

Rosto da Guerra

1940

Óleo sobre tela

64 x 79 cm

Roterdão

Museum Boymans - van Beuningen

anteriormente Colecção André Cauvin





1942 Publicação nos Estados Unidos da A Vida Secreta de Dali.



1943 “Criança Geopolítica Observando o Nascimento do Homem Novo” .



Criança Geopolítica Obsrvando o Nacimento do Homem Novo

1943

Óleo sobre tela

45,5 x 50 cm

S. Petersburgo (FL)

The Salvator Dalí Museum

emprestado por Morse charitable Trust





1944 “Tristão e Isolda”; “Sonho Causado Pelo Voo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã, Um Segundo Antes do Despertar” .


Dream Caused by the Flight of a Bee around a Pomegranate One Second before Awakening

1944

Oil on canvas

51 x 41 cm

Thyssen-Bornemisza Collection

Madrid

Spain


Tristan and Isolde

1944

Oil on canvas

Private collection





1945 “A Cesta do Pão”;


Cesta de Pão - Antes a Morte que a Mácula

1945

Óleo sobre madeira

33 x 38 cm

Figueras

Fundación Gala - Salvador Dalí



A minha mulher nua, contemplando o seu próprio corpo a transformar-se em degraus, três vértebras de uma coluna, céu e arquitectura

1945
Óleo sobre madeira
61 x 52 cm
Nova Iorque
José Mugrabi Collection




1946 “A Tentação de Santo António” .

A Tentação de Santo António

1946

Óleo sobre tela

89,7 x 119,5 cm

Bruxelas

Musées Royaux de Beaux - Arts de Belgique



1949 "Leda Atómica"

Leda Atómica

1949

Óleo sobre Tela

61,1 x 45,3 cm

Figueras

Fundación Gala - Salvador Dalí



1951 “Cristo de São João da Cruz”.


Cristo de S. João da Cruz

1951

Óleo sobre tela

205 x 116 cm

Glasgow

The Glasgow Art Gallery


1954 “Crucificação”

Crucifixion or Corpus Hypercubicus

1954
Oil on canvas
194.5 x 124 cm
The Metropolitan Museum of Art
New York
USA




Young Virgin Auto-Sodomized by the Horns of Her Own Chastity

1954
Oil on canvas
40.5 x 30.5 cm
Private collection

1956 “Natureza-Morta Viva”


Still Life - Fast Moving

1956
Oil on canvas
125.7 x 160 cm
Salvador Dali Museum
St. Petersburg
FL
USA






1970 “Toureiro Alucinógeno”.


Hallucinogenic Toreador
1969-70
Oil on canvas
400 x 300 cm
Salvador Dali Museum
St. Petersburg
FL
USA


1982 Morte de Gala.




1983 Criação do perfuma Dali. Este concluiu o seu último quadro – “A Cauda de Andorinha”.

The Swallow's Tail (Series on Catastrophes)

1983

Oil on canvas

73 x 92.2 cm

Gala-Salvador Dali Foundation

Figueras

Spain





Após ter feito um bacharelato, foi para Madrid e aí os seus professores desiludiram-no por não lhe ensinarem o classicismo que Dali procurava. Dali explorou todas as correntes da moda, desde o impressionismo, pontilhismo, futurismo, cubismo, neocubismo e fauvismo.


Admira Picasso e Matisse e não esconde as suas influências.
Vai-se fazendo notar o fascínio de Dali por costas femininas e nádegas.
Em 1927 Dali vai para Paris onde conhece Picasso pessoalmente.


Nessa altura junta-se a Luís Buñel em Um Cão Andaluz e é fiel ao acordo que faz com este de não aceitar nenhuma ideia ou imagem que possa dar lugar a uma explicação racional, psicológica ou cultural. Assim abre a porta ao irracional. Já por si, despe-se deste acordo e abre agora as portas do grupo surrealista.


Dali experimenta a necessidade de traduzir agora o seu violento desejo de criação de objectos carregados de símbolos sexuais contemporâneos. Cada vez mais é evidente um amadurecimento nas suas obras.


Dá-se o conhecimento da sua existência quando o marchand Camille Goemans lhe anuncia que exporá todos os seus quadros na sua galeria em Paris onde o primeiro quadro que vendeu fora “O Enigma do Desejo”. Aí vê Gala e ficara enamorado por esta ser parecida com a mulher que idealizara.


Os temas tipicamente dalinianos são o gafanhoto, o leão, os seixos, o caracol, os lábios-vulva, entre outros.
É o seu amor freudiano por Gala – com quem se casa – que vai dominar toda a sua obra.


Apesar de não ter convivido com os surrealistas, Dali torna-se, com um quarto de século de avanço, o santo patrono dos hiper-realistas americanos.
Dali continua fiel às suas ideias, para si um piano não é um piano, mas sim uma fêmea. Representa bastante sexo e sexualidade após de com Gala ter conhecido o êxtase.


Cada vez mais o confronto entre o “mole” e o “duro” está presente nas suas obras.
Desencadeia a fúria dos surrealistas assim como a cólera de Breton quando desenha os rostos de Guilherme Tell e Lénine.
Gala defende e segue Dali para toda a parte.
Dali cria e inventa, os seus objectos surrealistas dão a volta ao mundo.


Em várias obras suas são visíveis gavetas, estas fora buscar a Freud; serviu-se delas para representar em imagens as teorias de psicanálise deste.
Dali começa a considerar-se o único representante autêntico do surrealismo.
Dali ensaia jogos ópticos, inverte imagens e, ao contrário do que se podia imaginar, os pensamentos de Dali são sérios. Pretende ir às entranhas escondidas e profanar o mais maravilhoso que aí se encontrar.


Vários ficaram chocados, incluindo Breton, quando viram os elementos escatológicos que maculavam a sua obra. Todos puseram Dali de lado, excluindo-o. Havia muitas coisas que para a sociedade ainda eram tabu, toleravam-lhe apenas em certa medida. Dali disse que já que ninguém queria as suas obras, iria guardar os seus “tesouros”, esse “ouro” só para si.


As obras de Dali eram surpreendentes, escandalosas e comprometedoras para os surrealistas; pretendia criticar o que não “gostava” e dizia que a política não lhe interessava, que a achava anedótica, miserável e até ameaçadora.
Apesar de bastante criticado não deixa de participar em todas as exposições, pois era necessário alguém com o carácter de Dali.


Nem aos 50 anos este deixou de ser um grande pintor, havia sempre uma força de invenção surpreendente, sentido de drama e de humor.
A sua ambição era “materializar com a fúria mais imperialista de precisão as imagens da irracionalidade concreta”.


Dali explica o motivo de relógios moles: os americanos estão sempre a olhar para o relógio. Estão apressados, terrivelmente apressados e os seus relógios são tremendamente rígidos, duros e mecânicos. Quando Dali pintou o seu primeiro relógio mole foi um êxito. Esta também é a história da personalidade de Dali: “Gala, em vez de me endurecer tal como a vida na verdade tinha planeado, construiu-me uma concha de bernardo-eremita, de modo que nas minhas relações exteriores passava por ser uma fortaleza, enquanto no interior continuava a envelhecer dentro do mole, do supermole.”


Dali resume assim o seu trabalho: “O Céu, é o que a minha alma apaixonada pelo absoluto procurou ao longo da vida que pôde parecer a alguns confusa e, resumindo, perfumada com o enxofre do demónio. O Céu! Infeliz daquele que não compreender isso (…) O Céu não está nem em cima, nem em baixo, nem à direita, nem à esquerda, o Céu está exactamente no centro do peito do homem que tem Fé. P.S. Neste momento ainda não tenho Fé e temo morrer sem Céu.”


Foi após “A Tentação de Santo António” em 1946 que se qualifica daí em diante como “ex-surrealista”. Contudo isto não impede que Dali volte a ser um pouco profano, aprofundando o seu misticismo pelo delírio erótico.


Dali refere: “Não sou loco. A minha própria lucidez atingiu mesmo um tal nível de qualidade e de concentração que não existe uma personagem mais heróica e mais prodigiosa neste século e, excluindo Nietzsche (e mesmo ele, morreu louco), não encontramos equivalente noutros. A minha pintura assim o testemunha.”

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