« Home | O Congo » | O Chá » 

sábado, abril 15, 2006 

Afonso de Albuquerque


Afonso de Albuquerque nasceu em Alhandra no ano de 1453 e faleceu a 16-12-1515 em Goa.


Filho segundo do terceiro senhor de Vila Verde (dos Francos), Gonçalo de Albuquerque.

Fidalgo de linhagem, podia pois, com verdade, escrever a D. Manuel que seus avós lhe haviam deixado «bons costados e boa liança».


Segundo Governador da Índia, neto e bisneto dos escrivães da puridade de D. João I e de D. Duarte.


Foi um brilhante militar e político sendo considerado como o maior governador da Índia.

Era dotado de uma energia indomável, tendo um espírito aberto às mais avançadas concepções. De família aristocrática, foi educado na corte de D. Afonso V, onde estudou matemática e se familiarizou com os clássicos.

Acompanhou o futuro D. João II na campanha de Castela (1476), serviu em Arzila e Larache (1489) e em 1490 fez parte da guarda de D. João II. Serviu de novo em Arzila (1495), voltando depois a integrar-se na guarda real.

Enviado à Índia em 1503 com o seu primo Francisco de Albuquerque, tendo cada um o comando de três naus, venceu as forças de Calicut, ergueu a fortaleza de Cochim e estabeleceu relações comerciais com Coulão, tendo regressado experiente e sonhador em 1504.

Expôs a D. Manuel o seu sonho imperial, alicerçado na conquista das posições estratégicas do Índico, tendo convencido o monarca e os membros do seu conselho.


Para o executar partiu para Oriente em 1506, como capitão-mor do mar da Arábia e com a provisão (secreta) que lhe confiava, a partir de 1508, o governo de toda a Índia.


Conquistou os portos de Omã e fez tributária de Portugal a riquíssima cidade de Ormuz (1507), que era um local que dava para controlar quem entrava e quem saia do Golfo Pérsico, e também assim os portugueses começavam a ser os intermediários do comércio entre a Pérsia e o Oriente.

Apoderou-se de Goa(1510) com o objectivo de controlar todo o comércio da costa indiana, e Malaca(1511), abrindo aos portugueses o acesso às especiarias das Molucas e ao comércio com a
China,tendo sido, em 1513, o primeiro capitão europeu a sulcar o Mar Vermelho no importante ponto de Adém, que foi dominado durante vário tempo pelos portugueses, Adém era importante por ser a entrada do para o Mar Vermelho, o que permitia aos portugueses controlar o também o comércio deste.

Desenvolveu intensa actividade administrativa e diplomática para consolidar a soberania portuguesa.

Concluída a Fortaleza de Ormuz (1515), viu completada a cadeia de pontos capitais para assegurar o monopólio maritimo-comercial dos produtos da Índia.


Veio a falecer à vista de Goa, em 16 de Dezembro de 1515, não sem saber que na cidade o aguardava para lhe suceder um dos seus mais acérrimos inimigos pessoais: Lopo Soares de Albergaria enviado pelo rei D. Manuel I. Profundamente ofendido e desgostoso, Afonso de Albuquerque deu graças a Nosso Senhor terá dito:

«Mal com os homens por amor a el-rei com el-rei por amor-dos-homens, bom é acabar».

Os seus padecimentos haviam-se agravado, e sentindo-se morrer ditou para D. Manuel a seguinte carta:

«Senhor: quando esta escrevo a Vossa Alteza estou com um soluço que é sinal de morte. Nesses reinos tenho um filho e peço a Vossa Alteza que mo faça grande, como meus serviços merecem que tenho feito com minha serviçal condição; porque a ele mando, sob pena de minha bênção, que vo-lo requeira. E quanto às coisas da Índia não digo nada, porque elas falarão por si e por mim».

Marinheiro e soldado, estratego escritor (primorosas as suas Cartas para o rei), estadista e diplomata, foi talvez o maior vulto de toda a história ultramarina portuguesa, a ele se ficando a dever as bases sobre as quais se manteve durante séculos o Império Português do Oriente.


Brás de Albuquerque


Afonso de Albuquerque teve um filho que nasceu na Quinta do Paraíso, em Alhandra, em 1500, e no baptismo recebeu o nome de Brás de Alburquerque, que o Rei D. Manuel I insinuou mudasse para Afonso, a fim de perpetuar a memória de seu Pai.

Capitaneou um dos navios da Armada que conduziu a infanta D. Beatriz, que ia desposar o duque de Sabóia.

D. João III, nomeou-o Vedor da sua fazenda, cargo em que mostrou a sua diligência e grandes provas de capacidade, em 1569, quando era presidente do Senado de Lisboa, procurando por todos os meios evitar os estragos verdadeiramente calamitosos que então causava a peste na Capital.

Comprou aos Marqueses de Vila Real uma quinta que tinham em Azeitão, e transformou-a em sumptuosa vivenda, ainda hoje existente, a tão celebrada Quinta da Bacalhoa.

Escreveu os «Comentários de Afonso de Albuquerque», redigindo-os, segundo declara, pelas cartas ou ofícios que seu pai enviara ao Rei.


É obra de grande valor e constitui um dos mais preciosos documentos de acção dos portugueses no Oriente, especialmente dos feitos do grande Afonso de Albuquerque.

Escreveu ainda «Tratado da antiguidade. Nobreza e descendência da família dos Albuquerques», que ficou manuscrita.

Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (6 vezes) e President
e do Senado da Câmara de Lisboa (1572), e foi também o fundador da Casa dos Bicos mandada construir em 1523, casa que era destinada à habitação.

Em 1981, foi restaurada segundo o desenho primitivo para albergar um dos núcleos da XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura.

A sua decoração, os "bicos", demonstra uma clara influência italianizante, provavelmente do Palácio dos Diamantes em Ferrara, ou do Palácio Bevilacqua em Bolonha.

Acolheu a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses até à sua extinção.

Brás de Albuquerque morreu em Lisboa em 1580.

tu tens 14 ou 9 anos?

Olá ! Eu me chamo Arthur e sou estudante acadêmico de História...estou prestes a fazer minha monografia sobre "expansão lusa nos séculos XIV e XV em perspectiva comparada com a tentativa de colonização francesa no Rio de Janeiro"; gostei muito dos teus posts sobre o assunto...sei que se tiver apenas 15 ou 16 anos pouco poderia me ajudar, mas, mesmo assim eu lhe deixo o meu blog e o meu MSN: antonula@email.ro
Acabo de fazer 24 anos e sou brasileiro do Rio de Janeiro. Até mais, miúda !!!

Enviar um comentário

About me

  • I'm **_k@ty_619**
  • From Beja, Ourique, Portugal
  • Sou amiga das pessoas de quem gosto, divertida, um pouco teimosa,frontal,talvez um pouco timida, espontanea, odeio quando dizem as coisas pelas costas e não são capazes de admitir aquilo que pensam, não gosto quando me mentem e penso que o resto quem me conhece bem é que poderá dizer....
My profile

Previous posts

Powered by Blogger
and Blogger Templates